O Instituto Bem-Estar Brasil em um encontro virtual discutiu a integração de cursos de formação técnica e administrativa em redes comunitárias, com foco na autogestão e sustentabilidade.
Durante o encontro, foi recapitulada uma discussão anterior sobre a criação de um curso prolongado que combine aspectos técnicos e de autogestão das redes comunitárias.
A proposta a ser apresentada na Câmara de Universalização e Inclusão Digital do CGI é que a Escola de Governança da Internet (EGI) e o CEPTRO.Br contribuam com parte dos conteúdos técnicos e de governança da internet.
Por outro lado, as entidades com experiência em formação de redes comunitárias podem ficar responsáveis pelo conteúdo sobre autogestão, administração, sustentabilidade e a parte técnica mais especifica das iniciativas comunitárias.
Os participantes também abordaram a visão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a formação em redes comunitárias como parte das obrigações de telecomunicações. Foi destacada a necessidade de uma abordagem que combine a conversão de sanções regulatórias em incentivos para a formação.
Outro ponto discutido foram os desafios enfrentados pelos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) do Ministério da Educação (MEC), que impõem mais trabalho aos professores sem uma compensação financeira adequada.
Como alternativa, foi analisado o modelo dos cursos Oficinas 4.0, que oferecem bolsas para alunos e professores.
Entre os encaminhamentos da reunião, ficou definida a avaliação da viabilidade de propor ao MEC a adoção de um modelo de curso inspirado nas Oficinas 4.0. Além disso, será desenvolvido um plano pedagógico robusto para apresentação e aprovação do ministério.
A logística e execução do curso também foram discutidas, considerando a possibilidade de uma equipe itinerante ou a concentração dos participantes em um local central.
Ficou agendada uma nova reunião para aprofundar a discussão sobre o plano pedagógico e envolver outros atores, como o professor Marcelo Santos do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertão).
O encontro abordou pontos cruciais para o avanço das redes comunitárias a partir da educação e formação técnica.
A colaboração com o MEC e o uso estratégico de programas existentes, como as Oficinas 4.0, foram identificados como caminhos promissores para superar os desafios de capacitação e sustentabilidade financeira dos cursos propostos.
O Instituto Bem-Estar Brasil demonstra, assim, seu compromisso em desenvolver uma estratégia sólida e abrangente para capacitar e fortalecer as redes comunitárias, buscando parcerias e modelos de cursos que atendam às necessidades específicas desse contexto.
A continuidade das discussões e o envolvimento de atores-chave evidenciam a determinação em aprimorar e implementar essa estratégia de capacitação.