Empresas locais podem ampliar a oferta de infraestrutura de internet a partir de parcerias. A janela de oportunidade aparece com a criação de projetos de responsabilidade social e planos de ESG (Environmental, Social and Governance).
Em encontro mediado pelo Porto do Açu, coordenado por Marcelo Saldanha do Instituto Bem-Estar Brasil (IBEBrasil, discutiu-se a possibilidade de se criar um laboratório na Barra do Açu que tem um projeto que está em fase de execução para a implementação de uma rede comunitária.
A Associação de Moradores e Amigos do Açu (Ama) tem sido responsável pela mobilização dos atores locais. Durante a discussão, foi abordada a possibilidade de utilizar a empresa OceanPact como ponto físico mais próximo da comunidade para a instalação de infraestrutura de internet.
Foram avaliadas as condições técnicas e os custos do serviço de internet atual, bem como a existência de link de fibra ótica e a possibilidade de apoio ao projeto de redes comunitárias.
Outro ponto discutido foi a viabilidade técnica e econômica de estender o serviço de fibra ótica até o ponto de distribuição da rede comunitária. Foram consideradas negociações para obter custos acessíveis sob um modelo de responsabilidade social.
A parceria com a operadora Claro também foi abordada como uma estratégia para mediar a solicitação de um link de fibra ótica com base nos planos de ESG da empresa, visando expandir o serviço para outras redes comunitárias.
Caso as negociações com a Claro não progridam, a VerTV foi mencionada como uma alternativa para apoio semelhante.
Entre as decisões tomadas na reunião, ficou definida a priorização da negociação com a Claro, dada a recente procura por parte da empresa em identificar demandas do Empreendimento do Porto do Açu.
Além disso, serão exploradas alternativas com a VerTV e outros provedores locais, se necessário. A empresa Porto ficou responsável por entrar em contato com a diretoria da OceanPact para discutir possibilidades de apoio logístico e direto ao projeto.
Como próximos passos, será agendada uma reunião com o gerente da Claro para discutir a potencial parceria e os detalhes do plano de ESG.
O diálogo com a OceanPact sobre o uso de espaço para infraestrutura de antena e condições de link também terá continuidade. A resposta das empresas contactadas será avaliada para adaptar a estratégia conforme necessário.
Durante a reunião, foi discutida a complexidade do uso de postes para passagem de fibra ótica dentro da área do porto, com alternativas de enlaces de rádio sendo consideradas como planos de contingência.
Reconheceu-se a necessidade de mais discussões para resolver as questões técnicas e logísticas, aguardando o agendamento da reunião com a Claro para prosseguir com o projeto.
A iniciativa de estabelecer parcerias com empresas locais para ampliar a infraestrutura de internet em redes comunitárias demonstra o compromisso em promover a inclusão digital e o desenvolvimento das comunidades atendidas.
A colaboração entre diferentes atores, alinhada com projetos de responsabilidade social e planos de ESG, pode ser uma estratégia eficaz para superar desafios técnicos e econômicos, garantindo o acesso à internet de qualidade para todos.