Por: Carla Jancz
Não é nada fácil explicar os conceitos por trás das redes comunitárias, sejam as características técnicas das redes de radiofrequências ou os aspectos sociais e humanos das tecnologias comunitárias.
Um dos princípios que desenvolvemos no ensino de tecnologias com recorte de gênero é a linguagem. Facilitar uma formação para grupos populares usando termos e metodologias colonizadoras pode aumentar a barreira já existente entre as pessoas e uma tecnologia que não foi criada para seus interesses.
Tendo isso em mente, imagens e analogias são poderosas ferramentas para facilitar o entendimento de um termo técnico ou uma ideia. Recusamos a premissa de que fazê-lo seja de alguma forma subestimar a capacidade de compreensão de assuntos técnicos. Acreditamos que explicar conceitos numa linguagem que os aproximem das pessoas e de suas realidades é uma forma de resistência à linguagem hegemônica, estadunidense e patriarcal em que a tecnologia geralmente é ensinada.
Esse material é uma parceria entre mulheres brasileiras, tecnologistas e artistas, com colaboração de pessoas trabalhando com redes comunitárias em vários países. Propõe-se a ilustrar algumas dessas imagens, mesclando termos técnicos como ‘linha de visada’ e ‘topologia em malha’ com reflexões do porquê fazemos redes comunitárias e do papel muitas vezes invisibilizado das mulheres dentro dessas iniciativas.
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